Como não se tornar obeso de Big Data
- Bruno Gustavo
- 27 de ago. de 2018
- 3 min de leitura
Hoje em dia, as empresas têm muita dificuldade de determinar objetivos e não é à toa. Com a chegada efetiva do Big Data as equipes de Business Intelligence avistaram um novo panorama de possibilidades de análises micro e macroambientais, antes limitado. Você reparou como as posições e times desse setor cresceram nos últimos 2-3 anos, correto? E essa mudança está ocorrendo agora mesmo, semanalmente. A grande variedade de opções pode paralisar, muitas informações para serem processadas podem impossibilitar um bom processamento.
Você, como anunciante, pode ficar obeso de possibilidades e sentir dificuldade de estruturar um objetivo coerente com a visão da empresa e que gera percepção de valor para o cliente, o mercado e para si mesmo. E de fato é difícil beber dessa fonte que pode parecer mais um rio agitado que cai montanha abaixo do que águas caribenhas de extrema clareza.
A grande quantidade de possibilidades é o caminho para a procrastinação. E está aqui o maior problema, a não utilização (ou utilização inapropriada) dessa avalanche de dados por ausência de foco ou disposição. Você precisa encontrar o total potencial dos dados através de testes de ativação.
A Adriana Knackfuss é VP de Transformação Digital na Coca-Cola em entrevista para o Podcast Código Aberto da B9, foi questionada sobre a questão acima abordada. Ela enaltece que dados devem ser utilizados, aplicados, senão perde-se o sentido. Vou compartilhar os dois exemplos que ela compartilhou no programa:
Mensuração de Redes Sociais + Geolocation: Para a Coca-Cola ano de Olimpíadas ou Copa do Mundo é chave para os esforços de marketing e comunicação. No Rio 2016 a empresa realizou algumas ações em stands como a “Parada Coca-Cola”, nesse evento a mensuração de redes sociais aliadas à tecnologia do Geolocation fez com que fossem identificados usuários na fila falando sobre a marca. Esse é o dado, e o que eles fizeram com isso? Levaram ingresso dos jogos para essas pessoas. Pronto! Dado + Ativação.
Criativos baseados em dados: Na Copa do Mundo de 2018, foi identificado uma tendência feminina de pintar as unhas com as bandeiras das seleções. A partir disso, foram criadas peças com essa temática que foram disparadas para clusters criados segundo as especificações do target de interesse para aquela comunicação específica.
Os dados podem nos auxiliar nas análises da eficácia de um plano de mídia, entender melhor as movimentações mercadológicas e do target e até mesmo nos apontar novas direções a seguir. Além disso, muito pode ser analisado e estruturado em dashboards e apresentações ricas em números, mas a ausência de ativação desses dados podem te tornar um obeso com dificuldades de locomoção.
Então.. qual é a fórmula mágica? É a ativação efetiva mas pontual desses dados? Em crescer o número de braços operacionais para melhor organizar o fluxo de trabalho para filtrar esse Data Lake? Ou o simples self awareness sobre esse tipo de dificuldade de ação pode resolver a questão? Recentemente uma nova termologia está sendo utilizada, o Small Data é bastante conclusiva por si só e é resultado dessa dificuldade sentida pelo mercado na hora de gerir seus dados. Os testes devem ser feitos para que cada tipo de gestão se adapte melhor a realidade de cada player.
E você? Está utilizando seus dados de maneira coerente com a visão da empresa? Vamos tomar um café para discutir o presente e futuro da sua marca? (:
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